Os sinais e sintomas de uma lesão medular variam conforme o nível da lesão e se ela é completa ou incompleta. A seguir, detalhamos os principais quadros clínicos por segmento.
Lesões Cervicais (C1 – C8)
C1 – C3: perda de função motora e sensitiva do pescoço para baixo. Necessidade de ventilação mecânica, pois afeta os músculos respiratórios.
C4: possível preservação parcial do diafragma; melhora da respiração, mas ainda com tetraplegia.
C5: função do bíceps preservada; possível movimentar ombros e flexão do cotovelo.
C6: extensão do punho possível (extensores do carpo).
C7: extensão do cotovelo preservada (tríceps).
C8: flexão dos dedos possível; melhora da destreza manual.
Lesões Torácicas (T1 – T12)
T1 – T6: paraplegia (perda de função nas pernas); controle do tronco superior variável.
T7 – T12: maior controle do tronco e abdômen; melhor estabilidade postural.
Lesões Lombares (L1 – L5)
L1 – L2: fraqueza ou paralisia de quadris e pernas.
L3 – L4: dificuldade para extensão do joelho.
L5: perda de dorsiflexão do pé (pé caído); fraqueza de dedos.
Lesões Sacrais (S1 – S5)
S1 – S2: fraqueza plantar do pé, comprometimento leve da marcha.
S3 – S5: comprometimento de funções esfincterianas (urina e fezes), sensibilidade perineal.

Conclusão
A avaliação neurológica de uma lesão medular deve sempre considerar o nível do comprometimento e os sinais clínicos associados. O reconhecimento precoce desses padrões facilita intervenções específicas, melhora o planejamento terapêutico e aumenta a chance de recuperação funcional.